quinta-feira, 26 de agosto de 2010

LEITURA E ESCRITA: IMPORTÂNCIA EM NOSSAS VIDAS



       O processo do desenvolvimento da leitura está intrinsecamente associado ao da escrita, um não existe sem o outro, pois ambos têm sua origem na evolução natural do homem e seu progresso intelectual, cognitivo, psicológico e biológico. Haja vista que esses fatores se interagem de tal forma que resultará na formação do homem integral, ou seja, para que possa existir a manifestação das criatividades e das habilidades de forma efetiva e eficaz, o psicológico tem a primeira ação que é a identificação da necessidade, isso faz com que haja também o primeiro impulso de suprir o que lhe falta para lhe trazer o equilíbrio esperado. O fator cognitivo é a segunda estância onde o indivíduo vai buscar seus conhecimentos, experiências e informações antecedentes dele próprio e de outros indivíduos que comungam a mesma vida social repassados por condições semelhantes; o intelecto vem a seguir buscando ações mais diretas para a realização dos procedimentos que irão satisfazer a necessidade premente. Por fim vem o biológico, onde se origina as necessidades essenciais ativando os demais complexos fazendo o sistema encadeado funcionar.

Esse é um processo cíclico e interminável, pois a condição humana sempre dispõe de novas necessidades a serem supridas.



Tais necessidades e suas abrangências são também a causa principal do desenvolvimento da humanidade, em todos os fatores acima descritos, inclusive no aspecto tecnológico que retrata os resultados primordiais desse progresso; não é possível admitir que um homem com a inteligência atual, tenha seu corpo físico encerrado numa estrutura semelhante ao Homo Neanderthalensis, pois sua estrutura física e neural não comportaria a complexidade do sistema orgânico e mental assim como suas atribuições na manutenção da vida e na manifestação das faculdades.




Por isso que a leitura e a escrita demandam inúmeras atividades coordenadas pelo cérebro, ativando diversas áreas neurais, como também aciona diversos níveis de memória e graus de consciência para que esse processo de decodificação e compreensão tenha seu devido êxito.












O desenvolvimento da leitura e da escrita tem seu paralelo com a marcha evolutiva do ser humano e suas transformações (evoluções) naturais, em virtude das variações ambientais que estamos sendo constantemente submetidos, mas dotados com a capacidade de adaptação e harmonização com as condições que nos são apresentadas pela própria natureza.

O instinto humano, como possível defesa dessas adversidades e em favor da perpetuação da espécie, tem como uma de suas principais características a comunicabilidade, ou seja, a expressividade dos pensamentos revelados através de sons, gestos e trejeitos corporais, com a finalidade de transmitir aos seus semelhantes as informações do seu estado atual, de suas necessidades, do seu conhecimento e experiências oriundas do legado ancestral.


Esse mesmo instinto compele a participação dos dados relativos aos acontecimentos, habilidades, perícias e práticas adquiridas com o exercício constante dos afazeres dia-a-dia, como também uma descrição virtual imaginativa dos sonhos, ficções, fantasias e idéias existentes dentro da complexidade de um ser.


O tetraedro formado pelos fatores: intelectualidade, cognição, psicologia e antropologia, associados a esse instinto, além capacidade criativa, incitou a inevitável construção de uma maneira de gravar de forma efetiva e se possível duradora essas informações; de forma que aqueles que comungam esse conhecimento possam, a qualquer tempo, rever e relembrar o que está ali gravado. 


A escrita e a leitura resolvem dessa forma esse dilema. O qual foi absorvido muito bem aceito em todos os povos, em todos os tempos e em todas as situações.


Nos dias atuais, a leitura ainda é objeto de muito estudo nas ciências humanas, exatas e da saúde; teorizada e explicada por muitos estudiosos que buscam uma melhor forma de alcançar a eficácia na interpretação e compreensão dos textos escritos, alem de tentar unificar os padrões semânticos, ortográficos, gramaticais e lingüísticos, formado uma linguagem única para ser compreendida entre todas as nações. Como é o caso do Esperanto, (Dicionário do Aurélio, 1999): ”Língua auxiliar de comunicação internacional, elaborada pelo médico judeu-polonês Ludwig Lazar Zamenhof (1859-1917) e por ele divulgada em 1887”.


O ato de ler deve ser um instante de interação e comunicação indireta entre o leitor e o escritor por meio de seu trabalho textual; trata-se de uma busca cognitiva que desperta muitas habilidades e põe em funcionamento diversas áreas cerebrais forçando este maravilhoso órgão ao exercício mais intenso de suas atividades num processo de neuróbica, exercício mental, salutar, afastando o homem de possíveis males que afetam a memória e o raciocínio, não somente na idade avançada, mas também na tenra juventude, como nos mostra a experiência cotidiana de educadores.


A leitura nos coloca diante de inúmeras informações básicas, gerais e especificas; nos leva ao mundo mágico da imaginação; faz-nos conhecer muitas terras, muitos povos e muitos ambientes: fauna, flora, relevos, etc.; leva-nos a viajar por recantos distantes e inóspitos do universo sem fim; melhora nossa dicção; enriquece nosso vocabulário; altera a sistematização de nosso pensamento, tornando-o mais ordenado, metódico e coerente: dá-nos uma melhor compreensão das obras escritas, e por fim, auxilia nossa criatividade na elaboração de textos e produção de trabalhos literários, científicos ou artísticos.


Com todas estas vantagens a leitura deveria ser uma atividade agradável e até mesmo prazerosa para todas as pessoas, principalmente entre o alunato, haja vista que a leitura é um fator decisivo para o estudo. No entanto o que se nota é que ela se torna num instante de tortura, fator de punição, pesquisas burocráticas e sem objetivos maiores de aprendizagem; buscas textuais de palavras para exemplos de ortografia e gramática sem levar em conta a interpretação, compreensão e aplicabilidade do escrito como um todo; apenas para passar o tempo ou obtenção de notas evitando assim a reprovação do ano letivo.

Vejam nesse clip a realidade de algumas escolas:







Teróricos nos alertam que alguns professores, especialmente na rede pública, perderam no decorrer do tempo de magistério o costume de ler, em geral entram em processo de acomodação e apenas rememora ano após ano o mesmo conteúdo programático das primeiras aulas do início de suas carreiras. Dificilmente, tais docentes procuram fazer reciclagens, cursos de aprimoramento ou de extensão que lhe serviria de crescimento individual, resgatando sua auto-estima o que lhe faria sentir-se plenamente realizado profissionalmente.

Como se isso não bastasse, tal desatino é repassado para seus alunos, que na sua vida escolar não lhes é ensinado a ler, não existe motivação para sentir o conteúdo de obras literárias, muito menos a valorizar a importância da leitura em nossa vida, tanto cotidiana quanto acadêmica.


Quando a grade curricular exige, tais profissionais do ensino escolhem para seus estudantes e iniciantes obras complexas e com conteúdo pouco acessível à linguagem popular usual, tornando assim essa leitura enfadonha, incompreensível e desmotivadora, provocando uma espécie de trauma, similar a uma agressão emocional capaz de desencadear perturbações psíquicas que tornará as futuras leituras, desde já, uma ação de repugnância e completa aversão aos livros.


ATENÇÃO - Nossa intenção nesta matéria não é fazer uma observação crítica da depreciação coletiva de nosso povo em relação à leitura, ou apontar os defeitos dos colegas de ensino que não mostram o interesse devido ao estudo sistematizado, muito menos levantar a espada da verdade e sai com a solução mágica dos problemas culturais de nosso país tão arraigados desde surgimento do Brasil como nação soberana.





A nossa finalidade é fazer um compêndio discreto sobre a leitura, sua estrutura e seu desenvolvimento cognitivo, buscando no seu histórico os elementos iniciais de desenhos representativos ainda toscos, até as fixações gráficas complexas da linguagem, as quais concretizaram o adiantamento alcançado pela humanidade nos dias atuais.



Mostrando que o ato de ler é um processo crescente tanto nos fatores que levam a plena compreensão e decodificação dos signos que formam as sentenças textuais, quanto na maturidade alcançada no uso do sistema nervoso central e as regiões cerebrais por eles ativadas, substituindo os sinais semiológicos por elementos lexicais de seqüência lógica primária até aos níveis mais elevados da leitura profícua.




Por fim, abrimos um espaço para discussões, troca de idéias e de experiências. A última palavra sobre esse tema possivelmente jamais será pronunciada, pois da mesma forma que o homem não conhece quando se iniciou o processo de leitura e escrita, não se vislumbra o dia que este perderá seu mérito na comunicação humana.



Um comentário:

  1. encareceu o pedido e se livrou de uma sessão
    amolando a faca e discutindo concessões
    mesmo com todo mito eu me atiro
    até ganhar no grito ou em sigilo
    ostento todo lucro do infinito
    eu sou o espelho do mundo e estou no vício
    parece ser difícil mas não
    tá todo mundo dançando a nostalgia do verão

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